quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ser penitente...


Podemos pensar que penitência é castigo ou gesto externo de mortificação, ou então abstinência, jejum, vigílias, privar-se do agradável, infligir dor corporal. Penitência verdadeira é aquela que elimina excessos: excesso de egoísmo, de ostentação, de comida, de apegos materiais, de palavras banais, de ansiedade, de impaciência, de intolerância.

O verdadeiro penitente é aquele que pergunta todo dia: o que está exagerado em mim? E vai aparando as arestas do que tem de mais negativo para chegar à medida exata do seu coração. E qual a medida boa do coração? Teologicamente, é voltar cada dia aos caminhos do Senhor. Eticamente, é fugir de qualquer possibilidade do mal. Afetivamente, é amar intensamente e fazer continuamente o bem sem importar a quem.

Frei Vitório Mazzuco Filho, OFM.
Texto retirado da "Folhinha do Sagrado Coração de Jesus", fevereiro/2013

Inspiração: amanhecer... Um leve colorido







domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sua bênção, mãezinha!

Há uns dias, após uma visita a minha avó materna, cheguei em casa e passei direto para o banheiro, liguei o rádio (sim, ele é um item permanente no meu banheiro) e estava a tocar uma música que eu simplesmente amo: "O Trenzinho do Caípira", composição de Villa Lobos, na versão cantada por Edu Lobo (que também vale a pena ouvir em sua versão original). Esta música me emociona naturalmente, mas naquele momento, foi mais do que especial. Ela tocou minha alma. Chorei muito... Difícil explicar...

Bem, vamos lá... Naquele momento, lembrei-me de um texto que escrevi nos primeiros anos de faculdade, a disciplina era Literatura Infanto Juvenil. A professora pediu para que escrevêssemos algo sobre nossa infância, algo inesquecível,  e para mim, seria um sacrilégio não escrever sobre minha avó...

Corri para o escritório à procura do texto. Sabia que o tinha visto há alguns dias quando arrumava a papelada nas caixas. Achei. A folha já estava amarelada. Fiquei contente em ver as observações de minha professora. Algo como "Introdução criativa", "Poderia ter usado reticências aqui" (deve ser por isso que as uso tanto hoje).

Este é o texto

- A bênção mãezinha!
- Deus abençoe!
- "Bença" mãezinha!
- Deus abençoe!
- A "bença" mãezinha!
- Deus abençoe!


Era assim quando o batalhão de netos passava pela lateral da casa de minha avó rumo aos três enormes quintais que completavam sua propriedade e a avistavam pela janela, ou pelo quintal, cuidando de seus afazeres.

Não era sempre que mamãe nos deixava sair para brincar na casa de nossa avó, pois sabia como eram nossas batalhas, e não queria que fôssemos incomodá-la. Então ficávamos com os colegas da rua, subindo e descendo o morro, brincando de jogos ou na casa de algum deles, era sempre muito divertido, mas nada como as fruteiras do quintal da mãezinha... (É assim que a chamamos até hoje).

Mamãe nos dava banho, arrumava nossos cabelos e roupas (cuidava para que pudéssemos brincar bem à vontade), e, depois de boas recomendações, saíamos. Atravessávamos a rua, e seguíamos para a casa da mãezinha. Passávamos direto para o quintal, mal pedíamos a benção quando a víamos. Já ela, prestava muita a atenção em todos: - Cuidado com minhas plantas, não vão quebrá-las!

Era quando grande parte dos primos juntava-se, não combinávamos nada, tínhamos sorte de morar em ruas próximas, e, mais ainda, por ter nossa avó instalada bem no centro da principal delas. Era só o primeiro grupo chegar para os demais virem logo em seguida. Mais ‘’soldados’’... Mais recomendações...

- O que vamos fazer? Era o suficiente para a disputa começar. Entre bandeirinha, esconde, guerra de goiabas, escolhíamos sempre o mais barulhento, o que nos fizesse percorrer todo o quintal. Corríamos, gritávamos, riamos, comíamos frutas, e, claro, quebrávamos as plantas da mãezinha, o que gerava grande tensão em todos. Fosse quem fosse o responsável, todos se mobilizavam, pois sabiam que o batalhão inteiro pegaria a culpa.

Mãezinha não dava mole, ficava de olho... Um galho se quebrava, todos olhavam para a casa, e lá estava ela na janela da cozinha com sua expressão ameaçadora. Temida por todos, tínhamos o cuidado para não aborrecê-la, afinal, era nossa tão querida mãezinha, mas era quase impossível. O galho, nós escondíamos, e bem escondido, mas as plantas, não tinha jeito, era peia na certa, e dias sem voltar lá.

E assim foi por muitos anos, mesmo temendo as palmadas de minha avó, fazíamos questão de passar tardes e mais tardes em seu quintal, em nosso e imenso parque de diversões, aproveitando da melhor maneira possível nossos anos pueris.

Naquele dia encontrei minha avó na cama, deitada, cheia de... prefiro chamar de coisas da idade. Ela não  falou bem comigo, pois acredito não lembrar-se mais de quem sou, assim como é com o resto da família. Ela não me olhou nos olhos, mas segurou minha mão e ouviu tudo o que eu disse... Mesmo sem saber se ela entendia minhas palavras, eu falei... 

Sei que nunca fiz muito pela minha avó, se é que posso dizer que fiz algo. Mas, mesmo sem saber de muito,  sei o quanto ela fez por mim, por minha mãe, tias e tios, pelos meus primos e primas. Porque o que ela fez por mim, está aqui, em minhas lembranças... São coisas de criança? Podem ser, mas alguém me diga, por favor, quais são as melhores lembranças que uma pessoa pode guardar, senão as da infância? Podem não ser boas para alguns, mesmo assim, são estas que mais guardamos.

Hoje, peço desculpa aos meu familiares por minha ausência. Tem coisas na vida que não podemos ou não sabemos explicar, mas saibam que todos têm um cantinho especial em minha vida, e, principalmente, em minhas orações. Agradeço por fazerem parte de minhas lembranças e de meu desenvolvimento pessoal neste mundo. Acreditem, mas isto, para mim, hoje, faz  muito sentido.

Quanto a minha avó... "Lá vai a vida a rodar, lá vai ciranda e destino, cidade e noite a girar. Lá vai o trem sem destino, pro dia novo encontrar. Correndo vai pela terra, vai pela serra, vai pelo mar... Correndo entre as estrelas a voar, no ar, no ar..."


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Uma curta história para dormir...

E a história começa assim...

Ele: vem cá mamãezinha...
Eu (sentando do lado dele): O que é que você quer?
Ele (prendendo meu braço com as pernas): fica aqui, mamãe...
Eu: Hummm...
Ele: Mamãe, você vai fazer massage?
Eu: Hahahaha... Só se formos tomar banho e você deixar eu vestir seu pijama...
Ele: Tá bom!

E ela termina assim...


Bom sono, meu pequeno...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O que de fato vale...


Na quarta, dia treze, completei trinta e um anos. Sentei, meditei e orei, orei muito pelo ser que habita neste corpo que ostento neste mundo. Sim, pelo espírito, alma, força ou como quiser chamar. Rezei por mim. Para que continue a crescer e desenvolver, sempre na direção da luz, do entendimento e do amor, pois isso é o que realmente vale: o auto conhecimento, o amor. Sem isso, nada que julgamos importante em nossas vidas valerá. Nada fará sentido.

Há exatamente um ano escrevia aqui sobre a sensação de responsabilidade que recaía aos meus ombros, por conta da idade que alcançava, falei também da pressa com a qual tudo caminha hoje em dia... As coisas não mudaram muito, a diferença é que hoje estou mais tranquila, apesar de saber muito mais sobre responsabilidades. Não me preocupo se estou ficando velha, mas sim com o tempo que ainda tenho pela frente. Hoje sei que ainda há muito a fazer e aprender, e que minha jornada está apenas começando.

Hoje o melhor que posso fazer é agradecer a Deus, às forças que me guiam, ao meu marido e a todos que, direta e ou indiretamente, me ajudaram (e ainda ajudam) a enxergar a importância de tudo isso em minha vida. Serei sempre grata!


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Porque eu sempre quis...

...Morar em um jardim. Junto com as fadas, gnomos, elfos e todos os seres encantados que lá moram.








Amigo secreto...


Bem, aqui em casa a gente já fez o sorteio do “amigo secreto” deste ano. Sim, eu disse deste ano! Se estamos apressados? Naaada... Muito pelo contrário. Estamos sem pressa alguma.

Tá, vou explicar. É que a nossa brincadeira de troca de presentes no Natal estava ficando muito manjada: reunimos-nos sempre, todos os anos, e, como gostamos de fazer uma ceia bem família, os participantes são sempre os mesmos, discursos repetidos e blá blá blá... Pensando em mudar um pouco o ritmo das coisas, qual foi minha ideia? Fazer o sorteio do amigo secreto agora, no início do ano.

Qual a dinâmica da coisa? Sorteamos os nomes agora e passamos o ano guardando presentes, lembranças, bilhetes, fotos... Tudo e qualquer coisa, mesmo que não tenha nada a ver com a pessoa sorteada.  Não há necessidade de comprar o presente, ele (ou eles) poderá ser feito à própria mão, ser achado, ser algo seu, mas que você não use mais, utensílios domésticos. Como disse: TUDO E QUALQUER COISA.

Qual a vantagem? Não ficar louco à procura de presente nas vésperas de Natal, ter várias opções de presentes sem gastar todo o seu “13º”, passar o ano empenhado em agradar (ou desagradar) um parente, conhecer um pouco mais a rotina e hábitos do amigo sorteado, na intenção de acertar (ou errar) no presente e, sem dúvida, garantir uma festa de Natal bem mais animada, ou, pelo menos, cheia de surpresas.

Claro que fui questionada sobre a desistência de alguém, ou viagem, separação e outras coisas, mas aí decretei: ninguém separa, ninguém morre, ninguém viaja no Natal! (rs). Mas, se algum imprevisto acontecer, e dependendo do que acontecer, a gente ver na hora como vai ficar, e  que de fato importa é estarmos todos juntos no Natal.

Fica a dica!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Com a mão nas cores...

Minha vontade de criar, pintar, colorir só aumenta. Quem acompanha meu blog deve lembrar da minha primeira experiência com meu "Carpe Diem", mas, para quem não lembra, é só clicar aqui.

Eu continuo com a mão na massa, na tentativa de melhorar minhas obras e de colorir ainda mais meu mundo. Claro que de forma bem tosca, ainda...

Para esta tela da flor, eu escolhi uma imagem no computador e a usei como molde para a flor. Depois foi só escolher as cores. Este quadro dei como presente de aniversário para uma amiga.  Eu o chamei de "Bela", uma referência ao nome da minha amiga, que, por sinal, faz jus ao nome que tem. 


Estes eu posso dizer que são totalmente saídos da minha caixola, inspirados em mim e no meu maridóvisk (é  marido em alemão, para quem não sabe... rsss). Eu os chamei de "Razão & Emoção". Acreditem, o meu é o da razão...
Eles estão colorindo a saída dos quartos aqui em casa.



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