No quarto, o que vejo? Penas. Na sala? Penas. No carro? Também! Abro a bolsa e o que cai dela? Penas! Se bem não conhecesse minha vassoura, poderia dizer que aquela teimosa está querendo se aposentar e aos poucos vem tentando mostrar-me outros métodos de voo. Só que não! Mesmo sendo ardilosa o suficiente para isso, sei que não o faria, afinal, voar ainda é um de seus grandes prazeres, e agora mais ainda, considerando que venho perdendo peso.
Então, tá! Se não é minha vassoura, se não crio galinhas, nem pássaros e nem ando fazendo despachos em casa, como podem aparecer tantas penas espalhadas por aqui? Simples: meu bruxinho! Isso mesmo, meu pequeno é o responsável pelo surgimento destas senhorinhas aqui em casa.
A criaturinha não pode ver uma pena, peninha, fiapo de pena, que vai logo juntando para mim. Quando acha alguma na rua corre para me mostrar, e para ele é como se tivesse achado "O" presente. E ai de mim se não guardar e cuidar bem dela! Ele fica todo sentido...
Sinceramente, não reclamo da mania do pequeno, pelo contrário, até gosto, pois polpa-me de ficar de nádegas para cima na rua. Ora, com quem vocês acham que ele aprendeu a fazer isso? Pois é...
Eu gosto de penas e gosto de tê-las em casa. Não me pergunte por quê, nem para quê. Simplesmente gosto. Normalmente, as coloco juntas numa garrafinha no "cantinho das boas energias", mas é possível encontrar uma ou outra enfeitando um arranjo de flores, um difusor, ou penduradas no filtro de sonhos do pequeno.
O interessante disso tudo é ver como meu pequeno vem dando a tenção a estas pequenas coisinhas... Ele vê beleza nelas e entende o quão frágeis são. Sempre me pergunta de onde elas vêm e voa com elas para o seu mundo de imaginação, achando que, com elas, vai conseguir alcançar os céus, como os pássaros.
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