segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Dois tons de amarelo. Ou seria de louro?

Assim que meu pequeno nasceu (não sei porque...) me deu uma vontade enorme de ler o Pequeno Príncipe. Acredite, ainda não tinha lido. Quando mais nova, acompanhava o desenho que passava na tv, mas o livro mesmo... nada!
De cara fiquei encantada com as primeiras páginas, tanto que fiquei por um bom tempo só nelas. Viajei na imaginação daquele menino. Tão tosco, ingênuo, inteligente, adorável! Foi uma boa experiência.

- Por favor... desenha-me um carneiro ...
disse ao garoto (com um pouco de mau humor) que eu não sabia
desenhar.
Não tem importância. Desenha-me um carneiro.
Então eu desenhei.
Olhou atentamente, e disse:
- Não! Esse já está muito doente.
Desenha outro.
Desenhei de novo.
Meu amigo sorriu com indulgência:
- Bem vês que isto não é um carneiro. É um bode ... Olha os chifres ...
Fiz mais uma vez o desenho.
Mas ele foi recusado como os precedentes:
Este aí é muito velho. Quero um carneiro que viva muito.
Então, perdendo a paciência, como tinha pressa de desmontar o motor, rabisquei o
Desenho...
E arrisquei:
Esta é a caixa. O carneiro está dentro.
Mas fiquei surpreso de ver iluminar-se a face do meu pequeno juiz:
- Era assim mesmo que eu queria! Será preciso muito capim para esse carneiro?
Por quê?
Porque é muito pequeno onde eu moro ...
(trecho do livro, com alguns cortes)

Mas nesta semana terminei de lê um dos livros da coleção de um outro loirinho, Calvin (Calvin e Haroldo, O Mundo é Mágico). É o terceiro que saboreio e já ansiosa para começar o quarto.
Já tinha lido algumas das tirinhas dele pela internet, em alguns livros, e até fiz a encomenda deles para vender na loja, mas não tive tempo de lê-los na época, então só agora (e porque um amigo emprestou) é que estou conseguindo ler e estou simplesmente aaapaiiiixooonaaaaaaada pela criatura!
Esse reizinho é na prática o oposto do príncipe, mas é tão encantador quanto – do jeito dele, claro!

Não saberia e nem quero fazer aqui uma análise comparativa filosófica, poética, psicológica ou sei lá o que dessas obras, (se bem que poderia dá um belo trabalho) mas de certo elas mexeram muito comigo. A segunda principalmente.
O Pequeno Príncipe me fez olhar com outros olhos para o meu pequeno e para o "mundo dos adultos" e o Calvin veio ampliar ainda mais meu campo de visão, só que por outro ângulo: o do mundo real, sem metáforas. Porque o Calvin é assim mesmo! Sem metáforas.
Sem contar que ele ainda nos dá uma grandiosa demonstração do que é a verdadeira amizade.

2 comentários:

PunkRider! disse...

O Calvin é um diabretezinho adorável!
Foi vc me víciou nesta criatura.
Agora vou ter cravar a figura deste rapaizinho no meus couro!
E a culpa é sua!

Iris disse...

Mas foi um bom vício, não?
Ei, legal essa idéia de cravar ele no couro...

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