Neste último domingo decidimos pegar a estrada. Nada muito longe, queríamos mesmo era curtir um pouco o dia e a estrada...
Seguimos para o Bujari, só 25 km daqui da capital. Tínhamos a desculpa de comprar peixe, pois o município é famoso por suas feiras de peixes, no entanto, nem nos demos muito ao trabalho de procurar: assim que chegamos, paramos numa feirinha, olhamos, olhamos, e nada levamos. Passeamos um pouco pelo município e logo pegamos a estrada novamente.
O dia estava lindo, sol brilhando, céu azul, temperatura agradável... A estrada estava mesmo nos chamando...
Até que, passando pela Vila Custódio Freire, no caminho de volta, nos deparamos com essa beleza de casa...
Como pude passar despercebida por um lugar como este, quando ainda estávamos indo?? O marido perguntou logo se queria que voltasse. Lógico!
Estacionamos e seguimos cortando o canteiro central. Olha aí o grandão e o pequeno.
O lugar é a residencia do senhor Enoque (espero que a grafia esteja certa). Um senhor simpático, muito simples, conversador, que logo desceu de sua casa, descalço, blusinha no ombro e pedindo para que ficássemos à vontade. Segundo ele, é paraense, formado em artes, com alguns anos de experiência na educação de crianças e jovens à margem da marginalização.
Enquanto o marido conversava com ele, fui passear pelo quintal, onde ele expõe seu trabalhados: cobras, jacarés, tatus, jabutis, e alguns personagens da nossa cultura lendária, como o mapinguari, os caboclos, curupira...
Estes são trabalhos feitos com papel machê.
Aqui é onde ele trabalha e guarda algumas peças ainda não terminadas. Amei a cadeira entalhada na madeira.
Fiquei encantada com o lugar, com a atitude do artesão, com os trabalhos, alguns toscos, mas cheios de beleza e simplicidade, e é por isso que me fascinam mais ainda...
Depois da conversa e algumas fotos, nos despedimos e seguimos pela estrada, felizes pelo achado. E aí, para quem mora aqui em Rio Branco, fica a dica de passeio: que tal visitar a casa de artesanato do seu Enoque e contribuir com seu sonho de trabalhar com arte e ainda valorizar nossa cultura?
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